Rogério Duarte
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Rogério Duarte | |
---|---|
Nome completo | Rogério Duarte Guimarães |
Nascimento | 10 de abril de 1939 Ubaíra (BA), Brasil |
Morte | 14 de abril de 2016 (77 anos) Brasília (DF), Brasil |
Nacionalidade | brasileira |
Ocupação | desenhista, músico, escritor edesigner gráfico |
Rogério Duarte Guimarães (Ubaíra, 10 de abril de 1939 – Brasília, 14 de abril de 2016) foi um desenhista, músico, escritor eintelectual brasileiro. É considerado um dos criadores da Tropicália.
Biografia[editar | editar código-fonte]
Sobrinho do sociólogo Anísio Teixeira, foi um intelectual multimédia baiano. Rogério Duarte é artista gráfico, músico, compositor, poeta, tradutor e professor. Nos anos 60 mudou-se para o Rio de Janeiro, para estudar arte industrial com o alemão Max Bense, um dos mestres da semiótica e da poesia concreta, o que influenciaria seu trabalho no futuro.[1] No Rio trabalhou como diretor de arte da UNE e da Editora Vozes. Foi o autor de vários cartazes para filmes de seu amigo Glauber Rocha, como Deus e o diabo na terra do sol (símbolo do cinema nacional, o cartaz se transformou em referência e é apontado como o despertar da pós-modernidade no Brasil)[1] e A idade da terra. Também criou, para este último, a trilha sonora. Entre os vários artistas com os quais colaborou, contam-se Gilberto Gil, Caetano Veloso, João Gilberto, Jorge Ben e Gal Costa.
Considerado um dos mentores intelectuais do movimento tropicalista, Rogério foi também um dos primeiros a ser preso e a denunciar publicamente a tortura no regime militar. Preso juntamente com seu irmão Ronaldo Duarte, o caso mobilizou artistas e mereceu ampla divulgação no jornal carioca Correio da Manhã, que publicou uma carta coletiva pedindo a libertação dos "Irmãos Duarte".
Com o endurecimento da ditadura e a promulgação do AI-5, Rogério foi para a clandestinidade e iniciou a sua fase "transcendental" que o levou a estudar o sânscrito e iniciar atradução do Bhagavad Gita, lançado por ele anos mais tarde, acompanhado de um CD com a participação de vários artistas, com o título de Canção do Divino Mestre. Também é de sua autoria o livro Tropicaos onde, entre outras coisas, fala da prisão, tortura e de sua versão sobre o movimento tropicalista.
Morreu em 14 de abril de 2016, aos 77 anos, no Hospital Santa Lúcia, em Brasília.[2] Ele estava internado há dois meses e lutava contra um câncer ósseo e câncer no fígado.[1]
Ver também[editar | editar código-fonte]
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
- Site Oficial de Rogério Duarte
- Sobre Rogério Duarte
- Entrevista
- A reclusão de Rogério Duarte, mentor do tropicalismo
- ↑ ab c "Ícone das artes visuais, Rogério Duarte morre aos 77 anos em Brasília". Uol. Consultado em 14 de abril de 2016.
- ↑ [1]
Comentários
Postar um comentário
Respeito é palavra prática.