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ISLÃ: ARTE E CIVLLIZAÇÃO

Em brasília, uma rara oportunidade: ver e sentir a cultura muçulmana, que influenciou e influencia profundamente esse mundo pós-moderno.
De bin Laden à expansão marítima européia, chegando ao Brasil pela cultura portuguesa, somos quase todos meio árabe, africano, europeu e nativo.(ghezo)

A mostra reúne obras de diversos países de cultura islâmica, provenientes dos principais museus da Síria e do Irã e dos acervos da Biblioteca e Centro de Pesquisa América do Sul-Países Árabes – BibliASPA - e da Casa das Áfricas.

Peças de cerâmica, ourivesaria, arquitetura, caligrafia e instrumentos científicos que revelam o alto grau de desenvolvimento atingido por essa civilização nas áreas da matemática e da astronomia, confeccionadas desde o século VII até o XX, compõem a exposição, revelando as múltiplas identidades muçulmanas e ilustram a presença Divina, a busca do conhecimento e a valorização dos saber refletidas na forma de arabescos, composições geométricas, vegetais estilizados e da própria caligrafia.

“Que a paz esteja convosco!” – Saudação tradicional muçulmana aos visitantes.

Curiosidade:

No Brasil ocorreu a maior revolta contra a escravidão das Américas. A Revolta dos Malês (Janeiro de 1835), também chamada Revolta dos Escravos de Alá, foi promovida em Salvador pelos malês, como eram chamados os escravos muçulmanos.

Sobre a cultura islâmica:

Com a palavra Islã designa-se uma cultura, um modo de vida, uma religião. A civilização muçulmana é o resultado da fusão, feita pelos árabes, da herança da Antiguidade Clássica com o legado de outras civilizações – indiana, persa, chinesa – com as quais eles tomaram contato através das suas conquistas, modelando-as a partir dos seus valores.

Uma unanimidade na cultura islâmica é a primazia da mesquita no contexto urbano das cidades onde o islamismo chegou. Identificada exteriormente pelo minarete (torre) e a cúpula, e no seu interior pelo pátio, o minbar (púlpito) e o mihrab (nicho que orienta o sentido das preces, sempre em direção a Meca), a mesquita também se destaca por sua profusão ornamental. Sua decoração com mosaicos e arabescos prioriza o uso de formas geométricas e vegetais.

Apesar de não existir no Corão, livro sagrado dos muçulmanos, uma proibição explícita quanto ao uso da representação de seres vivos, na prática prevaleceu uma postura pouco favorável a este tipo de decoração religiosa tão comum em todo o Mediterrâneo, no Irã, na Índia e no interior da Ásia. A impossiblidade de captar a fé com imagens, a concepção de que não existem mediadores entre o ser humano e o Sobrenatural e o temor de, com a representação, desafiar a Criação divina, são critérios que inibem um tipo de arte enquanto favorecem outros.

No Islã, a caligrafia é a forma artística privilegiada. Por veicular a mensagem religiosa e satisfazer necessidades estéticas, os diversos estilos caligráficos podem ser aplicados na decoração de edificações assim como em objetos de uso cotidiano. A estilização das formas da natureza, aliada à busca da perfeição como modo de se aproximar de Deus, conduz à elaboração de padrões geométricos abstratos que se tornam elementos recorrentes na ornamentação. Porém, o contexto proibitivo com relação às imagens não foi um consenso: o Islã conta entre suas manifestações artísticas com as iluminuras que ilustram diversos episódios da história e da literatura da época e que foram muito populares em algumas regiões.

Fontes: Folder da exposição

Serviço

Centro Cultural Banco do Brasil apresenta:

Islã: Arte e Civilização

de MAIO a 27 JUNHO 2011

Terça a domingo, das 10 às 20h

CENTRO CULTURAL BANCO DO BRASIL, AO LADO DA TERCEIRA PONTE, NO SETOR DE CLUBES SUL - BRASILIA-DF

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