Ficção científica para relatar a sociedade desigual 'Branco Sai, Preto Fica', de Adirley Queirós, vencedor do Festival de Brasília em 2014, narra as chagas brasileiras de um modo novo por Rosane Pavam — publicado 21/03/2015 09:32, última modificação 21/03/2015 10:54 O título do filme de Adirley Queirós remete à ordem proferida pela polícia em um baile funk dos anos 1980. A expressão “branco sai, preto fica” antecedeu, naquele contexto, a usual limpeza étnica promovida pela polícia. Saíram feridos do evento na periferia dois amigos negros, e um deles, a perna arrancada, tornou-se especialista em próteses. O outro, um radialista pirata dos confins, está condenado a uma cadeira de rodas, ainda que sua movimentação possa ser recuperada por uma inalcançável fisioterapia. A esse jogo de aproximações se soma um terceiro personagem, um policial negro vindo do futuro para recolher provas de que o passado cometera atrocidades contra os carentes. Alguém tem de pagar pel