ESCRAVIDÃO
SEM FIM
RENATO
ALVES – CORREIO BRAZILIENSE – 15 ABRIL 2015 – PAG.
Meninas
descendentes de escravos são mantidas como escravas sexuais em Cavalcante (GO).
A revelação feita pelo Correio Braziliense, no domingo, causou comoção nos leitores nos
leitores do jornal. Centenas deixaram comentários nas redes sociais, indignados
com o crime e, principalmente, com a impunidade.
Até
então, o município goiano, distante 310 km de Brasília, era famoso apenas pelas
belezas naturais. Ao pé de uma serra, na região da Chapada dos Veadeiros, a cidade tem mais de 100 cachoeiras.
Muitas delas, quase intocadas. No entanto, para boa parte dos 10 mil moradores
de Cavalcante, a exploração do trabalho e do corpo das meninas nascidas em comunidades quilombolas nunca
foi novidade. É comum crianças de até 10 anos trabalharem como domésticas em
casas de famílias de classe média
do município.
São
muitos os relatos de garotas abusadas. Os autores, em sua maioria, são
fazendeiros, políticos, comerciantes. Homens que mandam na cidade desde sempre.
Por isso, o silêncio e o medo imperam
entre vítimas e testemunhas.
Os
pais mandaram as filhas para a cidade sonhando com um futuro mais digno para
elas. Eles sequer têm ideia das barbáries
ocorridas nas casas daqueles que supunham
seus salvadores. Para os pais, elas ganham abrigo e comida em troca da
oportunidade de estudo. Mas as garotas sofrem as mesmas atrocidades impostas aos ancestrais no período da
escravidão: trabalho degradante e estupros frequentes.
No
entanto, as práticas criminosas são encaradas por alguns moradores de
Cavalcante, como algo meramente
cultural, que se perpetuou por gerações. Para essa gente, as mulheres das
comunidades quilombolas do nordeste goiano continuam sendo propriedade privada como animais. Somente no fim do ano
passado, a Polícia Civil de Goiás iniciou a apuração dos crimes cometidos pela
elite de Cavalcante. E, só após as reportagens do Correio, autoridades da
esfera federal prometeram uma reação.
Mas,
contra os estupradores, parlamentar alguma apresenta projeto de mais rigor na
punição. Já contra crianças e adolescentes negras e pobres abandonadas pelo
Estado, segue a toque de caixa a lei que diminui a idade para puni-las cada vez
mais cedo.
ATIVIDADES:
1. Pesquise
o significado das palavras e conceitos abaixo relacionados:
1.
Impunidade.
2.
Chapada dos veadeiros
3.
Comunidades quilombolas
4.
Classe média
5.
Imperam/imperar
6.
Barbárie
7.
Supunham/supor
8.
Atrocidades
9.
Meramente/mero
10.
Propriedade privada
2. Faça um texto de no mínimo 10 linhas, comentado
o parágrafo: “Mas, contra os estupradores, parlamentar algum apresenta projeto
de mais rigor na punição. Já contra crianças e adolescentes negras e pobres
abandonadas pelo Estado, segue a “toque de caixa” a lei que diminui a idade
para puni-las cada vez mais cedo”.
fica faltando só mais um texto, galera... portanto, ao trabalho!!!!
ResponderExcluirkkkkk ea vida ne
ResponderExcluirIMPRESSIONANTE, como a escravidao sexual ainda existe, e ainda por cima debaixo dos olhos dos orgaos governamentais..acho isso um absurdo...
ResponderExcluirBem vindo AA realidade, noel.
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