A companhia Semente de teatro, LOCALIZADA AO LADO DO FÓRUM ANTIGO, AO LADO DA RODOVIÁRIA DO GAMA, começõu ontem, terça-feira, 01 de novembro, a primeira mostra de teatro do espaço com a peça sobre Luís Gama. Início, 20 horas e a entrada é gratuita. FAVOR CHEGAR, ao menos, DEZ MINUTOS ANTES. A mostra se estenderá até domingo próximo, apresentando outros trabalhos e será sempre no horário das vinte horas. Inté.
Personalidades Negras – Luís Gama
quarta-feira, 6 / agosto / 2014
Luís Gonzaga Pinto da Gama foi um dos principais abolicionistas da história do país. Nasceu em 21 de junho de 1830, em Salvador/BA, filho da africana livre, Luiza Mahin e de pai fidalgo branco de origem portuguesa e família rica no Brasil. Apesar de uma vida cheia de conturbações, Luís Gama foi poeta, advogado, jornalista e patrono da cadeira nº15 da Academia Paulista de Letras.
Aos 10 anos, Luís ficou sobre a guarda do pai, pois a mãe foi exilada por motivos políticos. O parentesco não evitou que o menino fosse vendido como escravo pelo próprio pai e levado para o Rio de Janeiro e depois para São Paulo. Foi comprado pelo alferes Antônio Pereira Cardoso, proprietário de uma fazenda no município de Lorena. Em 1847, o jovem estudante Antônio Rodrigues do Prado Júnior conheceu Luís, então com 17 anos, e o ensinou a ler e a escrever. Tempos depois, Luís fugiu da fazenda, em seguida passou pelo Exército e em 1854 passou a se dedicar aos movimentos sociais.
Luís Gama inaugurou a imprensa humorística paulistana ao fundar, em 1864, o jornal “Diabo Coxo”. Poeta satírico, ocultou-se, por vezes, sob o pseudônimo de Afro, Getulino e Barrabás. Sua principal obra foi “Primeiras trovas burlescas de Getulino”, de 1859, onde se encontra a sátira “Quem sou eu?”, também conhecida como Bodarrada.
Autodidata, Luís Gama tornou-se advogado e iniciou suas atividades contra a escravidão, conseguindo libertar mais de 500 negros escravizados. É dele a frase: “O escravo que mata o senhor, seja em que circunstância for, mata sempre em legítima defesa”. Embora atuasse principalmente em defesa dos negros acusados de crimes, ou para conceder-lhes alforria judicialmente, também atendia aos pobres de qualquer raça.
Luís Gama morreu em 24 de agosto de 1882, sem ver concretizada a Abolição, que aconteceu em 1888.
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