GOVERNO
DO DISTRITO FEDERAL
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO COORDENAÇÃO REGIONAL DE ENSINO DE SANTA MARIA CENTRO DE ENSINO MÉDIO 404 DE SANTA MARIA |
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ORIENTAÇÕES SOBRE O DOSSIÊ DE HISTÓRIA E AS
AVALIAÇÕES.
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*Atenção: O Dossiê
é composto por quatro (04) textos e um quinto texto, OPCIONAL; não
precisa copiar os textos nem as questões, basta imprimir ou copiar. Deve ser
MANUSCRITO, exceto a capa, o sumário, conclusão e fontes pesquisadas. As respostas
devem ser MANUSCRITAS e o trabalho ENCADERNADO.
As atividades dos textos se compõem de três partes:
1. Primeira parte: interpretação
do texto: (Pedir assessoria ao professor (a) de Língua Portuguesa!).
2. Segunda parte: pesquisa de
sinônimos e conceitos do texto ou não.
3. Terceira parte: Resumos
bibliográficos de personagens históricos
Deve ser montado
com: A) capa (identificando aluno, professor, escola, trabalho, etc...; B)
sumário; C) Apresentação; D) desenvolvimento (textos); E)
Conclusão; F) fontes de pesquisa. As páginas devem ser numeradas!
O Dossiê Valerá 04
(quatro) pontos; o aluno pode escolher entre fazer a PROVA ou o DOSSIÊ DE
HISTÓRIA.
AVALIAÇÕES
1. Dossiê
................ 4,0 (quatro pontos)
2. Prova
.................. 4,0 (quatro pontos).
3. Projetos/
Escola....5,5(pontos)
4. Outros .................
0,5 (meio ponto).
DOSSIÊ DE HISTÓRIA – TEXTO 01 - SEGUNDO E TERCEIROS
ANOS
MUNDO SEM FILOSOFIA
DIOCLÉCIO CAMPOS JÚNIOR – Publicado no
Correio Brasiliense – 21julho2017.
O panorama da atualidade mundial é
desolador. Revela-se uma trágica realidade justamente na era científica da
história da espécie humana. Os hábitos e costumes tornam-se animalizados, num
ciclo de decadência comportamental que se contrapõe
aos sonhos civilizatórios. Nova e refinada escravatura ganha a dimensão
industrial graças ao consumismo delirante. As iniquidades sociais perpetuam-se dissimuladamente, embora bem
visíveis. A tecnologia passou a ser modalidade de linguagem destinada ao
domínio imperial. A alma da paz é sufocada pela arma da guerra. Bombardeios
fazem parte do cotidiano do Planeta. Suas vítimas morrem ou sobrevivem, a duras
penas, nos campos de refugiados, testemunhando a carência do humanismo verdadeiro, sem o qual não se
constrói uma sociedade legítima. Ademais, a redução aparentemente irreversível
da taxa de natalidade, viabilizada pelos métodos científicos, alcança níveis
incapazes de renovar a população e evitar a auto-extinção da espécie nos
próximos séculos.
As inovações científicas são
incontestáveis. Acrescentam a perspectiva de maior conforto material á vida
humana. Geram, no entanto, o ambiente no qual prospera a fé dogmática na tecnologia como novo perfil religioso do século e propiciam distintas versões de
relacionamento interativo entre as
pessoas, única e tão somente no universo virtual. Como consequência,
delineia-se progressivamente, uma ruptura radical com os valores do passado
construídos em outra lógica. Desconfiguram-se virtudes mentais e intelectuais
que permitiram sustentar a capacidade de abstração
interpretativa e crítica, que
diferenciou a espécie homo sapiens
das outras. Constata-se, de fato, a nítida evidência das causas que explicam a caótica e deprimente situação rumo à
qual a humanidade parece caminhar.
O monoteísmo
cientificista não se justifica,
carece da dimensão que lhe é atribuída como tal. A pesquisa científica
representa inquestionável progresso. Assegurou a formulação da metodologia investigativa, baseada no princípio da observação, muito bem
concebida por Francis Bacon, no
século 18. Foi, porém, divinizada qual fonte de verdade absoluta.
Consolidou-se, desde então, novo poder em detrimento
da sabedoria que se buscava difundir educadamente ao longo do tempo. A filosofia
perdeu espaço no contexto educacional, invadido e ocupado pela ciência em todas
as suas concepções. Há não muito tempo, a investigação científica era
identificada como atividade predominantemente de análise. Remexia em diferentes
e múltiplas áreas materiais ou substanciais, suscitando conhecimentos específicos cada vez mais profundos, porém
limitados no conteúdo. Já a filosofia, que não é ciência nem religião,
tem origem nos mais antigos tempos da sociedade. Corresponde à dinâmica intelectual
desenvolvida pela espécie na perspectiva extraordinária de agregar
conhecimentos isolados, identificar-lhes as afinidades conceituais
potencialmente construtivas, valendo-se da análise científica para elaborar a
síntese abrangente, geradora de princípios, teorias e doutrinas concebidos em
favor da humanidade.
O grande legado de pensadores e
filósofos dos velhos tempos acabou excluído dos conteúdos educacionais do
presente. São exemplos marcantes a teoria
evolucionista, a doutrina dos
direitos, a dialética, os princípios cartesianos. A evolução
intelectual dos povos está deliberadamente desconstruída. A análise superou a
síntese afastando-a do contexto da produção de conhecimentos. Há mais de um
século, nenhuma teoria filosófica foi produzida. O desenvolvimento do ato de
pensar, principal essência do
humanismo, sofre absurdo desestímulo. O abandono desse tão precioso modus operandi mental está na gênese das sucessivas e devastadoras
crises socioeconômicas que abalam a estrutura da humanidade em distintos
países, inclusive o Brasil. O desaparecimento da liberdade de pensar esvaziou o
cultivo do imprescindível respeito, individual e coletivo, aos valores morais e
éticos.
A corrupta cultura do vale tudo retoma
o comando dos novos tempos. A educação
estatizada, institucionalizada e
virtualizada ganha corpo, mas perde
a mente. A ditadura da análise avoluma-se em detrimento da síntese filosófica, que não deixa de perder terreno
na sociedade atual. Os direitos humanos,
oriundos da livre construção intelectual, desintegram-se a olhos vistos. Para
as pessoas, segundo Will Durant,
“mais vale um punhado de poder do que uma mochila cheia de direitos”. Sem
filosofia, não haverá educação.
ATIVIDADES:
1-
Pesquise o significado das palavras e conceitos abaixo:
1.
Contrapor – 2. Iniquidades – 3. Humanismo
– 4. Dogmática – 5.Tecnologia - 6. Propiciar – 7. Interativo – 8. Abstrair – 9.
Criticar – 10. Homo Sapiens – 11. Monoteísmo 12. Cientificista – 13. Metodologia
– 14. Princípio da Observação – 15. Detrimento – 16. Filosofia – 17. Suscitar – 18. Ciência – 19. Religião – 20. Teoria Evolucionista
– 21. Doutrina dos Direitos Humanos – 22. Dialética – 23. Princípios Cartesianos
– 24. Essência – 25. Modus Operandi – 26. Gênese – 17. Educação – 28. Estatizada
– 29. Institucionalizada – 30. Virtualizada – 31. Detrimento – 32. Moral – 33.
Ética – 34. Doutrina- 35. Ditadura.
2.
Com base nas informações do texto, responda as questões:
1.
Segundo o autor, qual o papel do humanismo?
2.
Quais as vantagens e desvantagens das inovações científicas?
3.
Por que a filosofia perdeu espaço?
4.
Segundo o texto, o que é filosofia? Qual a consequência do desaparecimento da
liberdade de pensar? O que acontece com os direitos humanos?
5.
Quais conteúdos estão sendo excluídos dos conteúdos educacionais, conforme o
texto?
3. Faça uma pequena biografia das
personalidades abaixo:
1. PAULO FREIRE - - Mahatma Gandhi. - Nelson Mandela - Francis Bacon - Will
Durant - Michel Foucault - Noam Chomsky - Júlia Kristeva - Friedrich Nietsche -
Simone de Beauvoir - Jacques Derrida
*consulte seu professor de Filosofia.
.
MILITARES E CIVIS NA POLÍTICA
BRASILEIRA.
Marco Antônio Villa é historiador.
Publicado no
Correio Braziliense de 06junho2018 – página 07.
Em
um país sem memória, não custa recordar como se desenvolveu o processo de
formação da República, especialmente em um momento tão confuso, como vivemos, e
marcado novamente pelo canto de sereia de uma intervenção
militar.
A ideia
republicana, desde o final do século 18, esteve presente nas rebeliões
anticoloniais, mesmo que de forma difusa. Com a independência e a manutenção
do regime monárquico – diversamente do ocorrido na América
espanhola, onde todos os novos Estados adotaram o regime republicano -,
a defesa da República esteve sempre associada aos movimentos
democráticos que abalaram o período regencial e o início
do Segundo Reinado.
A partir de 1860,
com o surto cafeeiro e o rápido crescimento econômico do
Sudeste, o republicanismo transferiu-se para a região. Uma fração da elite regional passou a sustentar a necessidade de uma nova organização política que possibilitasse um controle direto do Estado e uma reordenação nas relações entre as províncias e o governo central. Em 1870, a três de dezembro, oito meses após o final da Guerra do Paraguai, foi publicado o “Manifesto Republicano” tendo em Quintino Bocaiúva seu principal redator. Na conclusão do manifesto, os republicanos acentuaram que a permanência da monarquia os excluía do convívio com as nações latino-americanas e era a principal razão das guerras com os países limítrofes. A República retiraria o Brasil do isolamento político, não só na América como no mundo.
Sudeste, o republicanismo transferiu-se para a região. Uma fração da elite regional passou a sustentar a necessidade de uma nova organização política que possibilitasse um controle direto do Estado e uma reordenação nas relações entre as províncias e o governo central. Em 1870, a três de dezembro, oito meses após o final da Guerra do Paraguai, foi publicado o “Manifesto Republicano” tendo em Quintino Bocaiúva seu principal redator. Na conclusão do manifesto, os republicanos acentuaram que a permanência da monarquia os excluía do convívio com as nações latino-americanas e era a principal razão das guerras com os países limítrofes. A República retiraria o Brasil do isolamento político, não só na América como no mundo.
A
propaganda republicana poucos adeptos obteve entre 1870 e
1888. Os republicanos possuíam alguma influência entre estudantes, jovens
oficiais do Exército e nas áreas cafeeiras de São Paulo e Minas Gerais, onde
cresciam politicamente identificados com a manutenção da escravidão. Raul
Pompéia, republicano radical, resumia o conservadorismo dos
correligionários paulistas: “Vosso barrete frígio é um saco de
café”. Já Quintino Bocaiuva, líder republicano mais influente durante o período
da propaganda, pensava o oposto. Considerava que o importante para o movimento
era a ampliação da sua influência política mais do que ficar preso a princípios
doutrinários. Um exemplo foi o seu posicionamento, em 1871, criticando a
Lei do Ventre Livre: criar novas relações jurídicas entre o escravo e o senhor;
agitar águas que há muito tempo estão turvas, promover o espírito de sedição por
parte do escravo e o espírito de revolta por parte do senhor, eis entre outras quais
sejam, as consequências desse monstruoso projeto”.
A escassa popularidade
do republicanismo será compensada pela influência entre os jovens oficiais na
Escola Militar do Rio de Janeiro. O exército saiu fortalecido enquanto instituição após
a Guerra do Paraguai. A longa duração do conflito, a convivência
com os militares dos países platinos que exerciam funções políticas – quando
não chegavam a ocupar a chefia do Estado – e o estabelecimento de um espírito
de corpo entre a oficialidade, transformaram o Exército em mais um ator da cena
política.
A maioria dos oficiais provinha das
classes populares, sequiosos de ascensão social,
mas vivendo com baixos soldos. Mesmo a alta oficialidade, apesar de
alguns terem sido nobilitados pelo imperador, sobrevivia
com parcos recursos. Restava a valorização social e política,
mas a estrutura de poder do Império prescindia da participação
dos militares na esfera política. Ao próprio d. Pedro 2º era imputado desprezo
às atividades militares, não tinha Casa Militar e que a maioria dos ministros
da Guerra e da Armada (como era chamada a Marinha durante o Império) eram
civis; inclusive durante a Guerra do Paraguai. A insatisfação dos militares foi
crescendo ao longo dos anos. Em 1889 os seus principais líderes tinham lutado
na Guerra do Paraguai.
No golpe militar de 15 de novembro, a lembrança da guerra
ressurge. Floriano Peixoto comandava as tropas legalistas
quando foi objetado pelo primeiro-ministro Visconde de Ouro
Preto a atacar, como teria feito diversas vezes na Guerra do Paraguai, a
artilharia rebelde que cercava o ministério no Campo de Santana. Negou-se a
obedecer à ordem, alegando que no Paraguai combatera estrangeiros, enquanto
naquele momento todos eram brasileiros.
Momentos depois, Deodoro da Fonseca,
entrou no quartel-general e dirigiu-se à sala onde estava reunido o gabinete.
Lá fez questão de recordar ao primeiro-ministro o desprezo que, segundo ele, os
governos civis tinham pelos militares e que na Guerra do Paraguai chegou a
passar três dias e três noites combatendo no meio de um pântano. Inesperada foi
a resposta do Visconde: “Não é só no campo de batalha que se serve à pátria e
por ela se fazem sacrifícios. Estar aqui ouvindo o general, neste momento, não
é somenos a passar alguns dias e noites num pantanal.” Se a
história se repete (será?), estamos próximos novamente ao conflito entre os militares
e os casacas (civis)?
ATIVIDADES DO TEXTO.
1. Atividade 01 - Com base no texto, responda as questões abaixo.
1. Desde quando e onde, no Brasil,
esteve presente a ideia republicana, e a que estava associada a
defesa da república?
2. Como o manifesto republicano, em
sua conclusão, via o império em relação aos vizinhos do Brasil e o que a
república traria?
3. Quando se dá o fortalecimento do
exército enquanto e instituição e qual o papel da Guerra do Paraguai para que esse
fortalecimento acontecesse?
4. Qual a origem da maioria dos
oficiais do exército e do que eram sequiosos?
2. Atividade 02 (conceitos e sinônimos).
1. Canto
de sereia. - 2. Intervenção militar. - 3. Regime
monárquico. - 4. Regime republicano. - 5. República.
- 6. Período regencial. - 7. Segundo
Reinado. - 8. Províncias. - 9. Guerra
do Paraguai. - 10. Latino-Americano. - 11. Barrete frígio.
- 12. Princípios doutrinários.
13. Instituição. - 14. Ascensão
social. 15. Prescindir. - 16. Nobilitados, - 17. Imputar.
- 18. Somenos. - 19. Ideologia. - 20. Globalização.
- 21. sequiosos
3.Atividade 03 (biografias).
1. Floriano Peixoto - 2. Deodoro da Fonseca. - 3. Quintino Bocaiúva - 4.
Raul Pompéia. - 5. Lima Barreto. - 6. Luís Inácio Lula da Silva. - 7. Jair
Bolsonaro. – 8. Ulisses Guimarães. – 09. Getúlio Vargas.
OS DIREITOS DAS MULHERES E O
DESENVOLVIMENTO.
ALÍCIA BARCENA – SECRETÁRIA EXECUTIVA DA CEPAL –
PUBLICADO EM 21 DE MARÇO DE 2019 – CORREIO BRAZILIENSE – PÁGINA 11 – EDITORIA
“OPINIÃO”.
Desde o início do século XX, março tem
sido um mês-chave para as lutas pelos direitos das mulheres que apesar dos persistentes
obstáculos, têm alcançado enormes conquistas na busca para garantir sua
autonomia física, econômica e na tomada de decisões.
Na América Latina e no Caribe as
mulheres tem sido capazes de suportar obstáculos, de organizar-se, e de
construir um olhar regional, já que tem participado ativamente dos debates
globais. Apesar de todos esses esforços, a desigualdade de gênero continua
sendo uma característica estrutural de nossa região.
Em nossos países, a discriminação e a
violência contra as mulheres se mantêm como uma problemática que se manifesta
nos lares, nos espaços públicos, nos ambientes de estudo e de Trabalho e que
exerce impacto de forma decisiva em suas possibilidades de gerar renda própria,
de empreender, de superar a pobreza e de desenvolver-se no âmbito profissional
e pessoal.
Hoje, em nosso continente, a pobreza
ainda tem rosto de mulher: a cada 100 homens nessa condição, há 118 mulheres
que não conseguem ultrapassar a linha das privações. Aproximadamente um terço
das mulheres latino-americanas (29%) não consegue gerar renda e são
economicamente dependentes e quase a metade não tem vínculo com o mercado de
trabalho. Além disso, apesar dos esforços de redução da diferença salarial nas
últimas décadas, as mulheres recebem salários 16,1% menores do que o dos homens
na mesma condição. Essa diferença se acentua em mulheres com mais anos de
estudo.
Com relação ao uso do tempo, segundo
medições realizadas em 19 países da América Latina, as mulheres dedicam dois
terços de seu tempo ao trabalho não remunerado, ou seja, ao cuidado de pessoas
dependentes e ao trabalho doméstico, e um terço ao mercado de trabalho. No caso
dos homens, a proporção é exatamente inversa; eles destinam, a maior parte de
seu tempo ao trabalho remunerado e se inserem em algumas atividades muito
específicas do cuidado, principalmente das crianças.
Em matéria de autonomia física, o
fenômeno extremo do feminicídio tem sido impossível de ser detido na região e
tampouco apresenta sinais de diminuição, apesar de importantes avanços
normativos e de política pública. Pelo menos 2.795 mulheres foram assassinas em
2017 por razões de gênero em 23 países da região, segundo dados oficiais
coletados pelo Observatório de Igualdade de Gênero da América Latina e do
Caribe (OIG), da CEPAL. A taxa de fecundidade em adolescentes é uma das mais
altas do mundo, superada somente pelos países da África Subsaariana. Em geral,
os países latino-americanos e caribenhos possuem uma taxa de maternidade em
adolescentes que está acima de 12%, dado que tende a ser mais expressivo no
grupo de adolescentes de menores rendas e menor nível educativo.
Quanto á autonomia na tomada de
decisões, alguns processos eleitorais na região têm permitido contar com uma
maior presença de mulheres nos parlamentos. Não obstante, as mulheres continuam
sub-representadas nos espaços de tomadas de decisão. Os dados mais recentes
mostram que elas são somente a quarta parte ente os ministros de Estado, e que
sua participação nos gabinetes geralmente concentra-se em ministério de caráter
social e cultural, mais do que em ministérios de caráter econômico. Também, segundo
os indicadores para o seguimento e monitoramento dos Objetivos de
Desenvolvimento e monitoramento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, a
região conta com 29,2% de mulheres vereadoras eleitas nos governos em nível
local.
Na Cepal temos a convicção de que a
desigualdade de gênero, além de ser injusta, é profundamente ineficiente, é um
obstáculo que conspira contra o desenvolvimento sustentável. Por isso, nessa
nova comemoração do Dia Internacional da Mulher, insistimos na urgência de
reconhecer os direitos das mulheres e da igualdade como elementos centrais e
transversais de toda ação do Estado para fortalecer a democracia e para um
desenvolvimento inclusivo e sustentável.
1. Com base no texto, responda as questões
abaixo.
1. Quando e quando foi criado o Dia
Internacional da Mulher?
2. Como se mantém, em nossos países
hoje, a luta contra a mulher?
3. Qual o rosto da mulher, hoje, em
nosso continente?
4. Qual a diferença de salários no
Brasil entre homens e mulheres?
5. O que é
“feminicídio”?
6. Qual o número de mulheres
assassinadas em 2017, segundo o texto?
7. Como está a taxa de maternidade
entre os adolescentes nos países da região, segundo o texto?
8. Como está distribuída uma presença
de mulheres nos parlamentos da região?
9. O que é igualdade de gênero?
10. Você já foi vítima de violência
de gênero? Poderia relatar?
2. Pesquise os conceitos e / ou faça
referência às palavras abaixo:
1. CEPAL. - 2.
Persistência. - Globalização. - 4. Empreender - 5. Latino-americano. - 6.
Fecundidade. - 7. África Subsaariana. - 8. Caribe. - 9. Desigualdade de gênero.
- 10. Democracia.
3. Faça uma
biografia das personalidades abaixo:
1. Manoel de
Barros.
2. Mário Quintana.
3. Anísio Teixeira.
4. Darcy Ribeiro.
5. Lúcio Costa
6. Oscar Niemeyer.
7. Antônio Gramsci.
8. Mary Del Priori.
9. Plínio Marcos.
10. Rosa Luxemburgo
A LÍNGUA AGRADECERÁ
JOSÉ HORTA MANZANO – EMPRESÁRIO.
(publicado no Correio Braziliense em 26junho2917 -
página 09)
Muitos traços distinguem a espécie
humana dos demais seres animados. Talvez
o mais marcante, o que condiciona o modo como encaramos a existência, seja a
noção da morte. Animal vive o instante presente. Para ele, passado e futuro não
funcionam como para nós. Se animais superiores retém experiências do que
passou, será para procurar repetir as prazerosas e para tentar evitar as
dolorosas. O fato de o esquilo fazer provisões para o inverno não é resultado
de raciocínio. O animalzinho obedece sem se dar conta, ao comando do instinto.
Desde que o mundo é mundo, o homem
sonhou com a imortalidade. Consciente de que o objetivo era inalcançável, agiu
em duas frentes. Por um lado, fez o que pôde para prolongar a existência
física. Por outro lado, aferrou-se a crenças religiosas. De fato, todas as
religiões da terra – todas, sem exceção -, fincam sua razão de ser numa vida
pós-morte. A ideia de, exalado o último suspiro, desaparecer, virar pó e ser
esquecido á simplesmente insuportável. Cada um de nós guarda, bem lá no fundo,
a tola esperança de que a grande ceifadora, distraída, esqueça de nos convocar.
No entanto, ninguém fica para semente.
Para deixar rastro de sua passagem, o homem das cavernas desenhava nas paredes.
E não é que conseguiram seu intento? Pinturas rupestres nos falam hoje de fatos
e gestos de 10 mil anos atrás. Um “João ama Maria” cercado por um coração e
gravado a canivete num tronco de árvore, manifesta a mesma preocupação.
Enquanto estiver de pé, a árvore guardará a marca dos entalhadores.
Até dois séculos atrás, os meios de
deixar lembrança eram poucos e estavam reservados para quem podia. Os mais
abastados encomendavam escultura ou retrato pintado à mão. Se temos hoje ideia
precisa de como era o rosto de um Napoleão ou de um Dom Pedro I, devemos o
lembrete a pintores. Mas era solução apenas para um punhado de abonados. A
invenção e a popularização da fotografia e do filme vieram paliar a ilusão de
imortalidade de multidões. Vieram dar-lhes a ilusória sensação de que serão
lembrados para sempre.
Circunstâncias ás vezes fortuitas
fizeram com que alguns sortudos fossem mais longe que o populacho. Há
personagens cujo nome se eternizou ao transformar-se em adjetivo comum.
Platônico, pitagórico e cesáreo nos vêm da antiguidade. O Renascimento, embora
nos tenha deixado dantesco, manuelino e maquiavélico, negou a homenagem a
Leonardo da Vinci, grande entre os maiores. A par da pobreza franciscana e da
paciência beneditina, os tempos modernos foram mais pródigos em conceder notoriedade
adjetiva. As artes e, em especial, a política, deram contribuição importante.
Temos cartesianos, bonapartistas, stalinistas, getulistas.
Conquista maior do que se ver
transformado em adjetivo, é chegar a substantivo. Não é para qualquer um. A
esmagadora maioria dos agraciados são cientistas que deram nome a uma unidade
de medida. Pascal, Celsius, Kelvin, Newton, Hertz, ampère, Watt, Ohm, Volta,
Farad, Becquerel são alguns deles. Fora do mundo científico, poucos chegaram
lá. Stalinismo, macarthismo e coquetel-molotov perenizam tenebrosas
celebridades. Mas chique mesmo – la crème de la crème – é virar verbo. O clube
é para lá de restrito. Além-fronteiras, merecem destaque linchar (de Lynch),
pasteurizar (de Louis Pasteur), galvanizar (de Luigi Galvani), boicotar (de
Charles C. Boycott) e sanforizar (de Sanford Cruett). Na trilha de seus vaivéns
em matéria de abertura do país a migrantes, Ângela Merkel está enriquecendo a
língua alemã com novo verbo: merkeln, que significa hesitar, ficar em cima do
muro. Malvadeza.
No Brasil, só dois exemplos me ocorrem.
Etimólogos atribuem a origem do verbo badernar a uma bailarina de sobrenome
Baderna, que levou a moçada ao desvario no Rio de Janeiro em 1850. No fim do
século 20, as travessuras de antigo governador biônico paulista – hoje
procurado pela Interpol – fizeram que o povo utilizasse seu sobrenome (Maluf),
como sinônimo de roubar.
Nestes últimos tempos a brutal mudança
de escala na rapinagem apequenou os feitos do antigo homem político de fala
fanhosa. Badernou geral! Muito foi roubado e pouco tem sido devolvido.
Esperemos que, depois de ter empobrecido o povo, alguns dos ladrões pelo menos
enriqueçam a língua nos legando verbos novos para designar seus gestos. Nãos
será ressarcimento total, mas já é melhor que nada.
ATIVIDADES
DO TEXTO.
1.
Usando o texto como base, responda:
1.
Quando
surgem a fotografia e o cinema?
2.
Qual
o traço mais marcante a nos distinguir de outros animais?
3.
Ao
sonhar com a imortalidade, o que o homem faz para alcança-la?
4.
O
que há de comum em todas as religiões do planeta?
5.
Transcreva
do texto, o parágrafo em que o autor usa a ironia.
6.
Pesquise
o que são Verbo, adjetivo e Substantivo.
2.
Pesquise o significado das palavras:
1. Distinguir – 2. Reter – 3. Provisões – 4.
Aferrar – 5. Fincar – 6. Ceifadora – 7. Rupestre – 8. Abastados – 9. Abonados –
10. Fortuito – 11. Populacho – 12. Platônico – 13. – 14. Cesáreo – 15. Renascimento – 16. Dantesco
- 17. Manuelino – 18. Maquiavélico – 19. Cartesiano – 20. Bonapartista –21. Stalinista – 22. Getulista –
23. Linchar – 24. Pasteurizar – 25. Galvanizar – 26. Boicotar – 17. Fortuito –
18. Migrantes – 10. Ironia
3.
Faça uma pequena biografia das personalidades citadas no texto:
1.
Napoleão – 2. Dom Pedro I – 3. Stálin – 4. Getúlio Vargas – 5. Blaise Pascal
– 6. Anders Celsius – 7. Barão Kelvin – 8. Isaac Newton – 9. Heinrich Rudolf Hertz –
André-Marie Ampère – 10. James Watt – 11. Georg Simon
Ohm – 12. Alessandro Giuseppe Antonio Anastasio Volta – 13. Michael Faraday Farad – Viatcheslav
Molotov. – 14. William Lynch – 15.Louis Pasteur – 16.Luigi Galvani –
17.Ângela Merkel.
*Consulte o professor de Física e o de Português.
DOSSIÊ DE HISTÓRIA - TEXTO
OPCIONAL (05.)
·
Pode substituir
um dos quatro textos, por esse!
POBREZA E
EDUCAÇÃO
José Pio Martins,
Economista, é Reitor da Universidade Positivo.
Texto publicado
no Correio Braziliense de 06 de fevereiro de 2019 – página 13 – Caderno
Opinião.
O Brasil ainda é um país pobre. Pelo
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) publicado pela Organização das Nações
Unidas (ONU), o Brasil está na posição 79 entre 171 países. Dividindo a
produção nacional pela população, o produto por habitante aqui equivale a um quinto
(1/5) do que é nos Estados Unidos. A explicação sobre por que um país se
desenvolve e outro se mantém no atraso e na pobreza, ainda que em condições
naturais parecidas, não é simples nem é fácil. Um desafio da ciência econômica
tem sido formular uma teoria que consiga explicar as bases e as leis do
desenvolvimento econômico.
Até a Revolução Industrial (1750-1830), a sobrevivência humana era
retirada da terra e dos recursos naturais, e as obras do pensamento explicavam
a produção de riqueza basicamente a partir da contribuição da natureza. Até
então, não havia crescimento do produto por habitante, todo crescimento advinha
do crescimento da população. Após o surgimento do motor a vapor, do trem de
ferro e das máquinas industriais, os estudiosos começaram a examinar a
contribuição dos bens de capital na produção
e na produtividade-hora do trabalho.
A segunda Revolução Industrial moderna
(1870-1900) nos deu o motor a combustão interna, a indústria do petróleo e a
eletricidade, fez a produtividade explodir e gerou o assombroso crescimento
econômico dos países que adotaram as novas tecnologias e o novo modo de produção. Foi por volta da
metade do século 19 (XIX) que surgiu o conceito de subdesenvolvimento para
identificar as nações que miravam o novo padrão de consumo, não conseguiam
assimilar o novo modo de produção e tinham padrão de bem-estar aquém do alcançado pelas nações adiantadas.
Com o prosseguimento do progresso da
ciência e da tecnologia a partir dos anos 1900, o processo produtivo começou a
demandar trabalhadores mais qualificados, e foi necessário aumentar a
abrangência da educação básica e do treinamento profissional. Nos anos 1950,
foram aprofundados os estudos sobre a contribuição a educação para o aumento da
produtividade e para o crescimento econômico. Foi quando se descobriu que o
fator educação passou a contribuir mais para a produtividade do que os recursos naturais.
De lá para cá, todos os países que se
desenvolveram e desfrutam de elevado padrão de vida investiram pesadamente na
educação básica, em primeiro lugar, e na educação profissional superior, na
sequência. Quando eu era estudante do curso de ciências econômicas, ouvi
discursos de professores que embora eu fosse inexperiente, me pareciam muito estranhos.
Eles diziam que a universidade não devia educar para o mercado, pois isso seria
mercantilizar a educação, mas sim formar cidadãos críticos e reflexivos.
Eu, que tinha o objetivo de adquirir
uma profissão e me qualificar para progredir na carreira e no salário, certo
dia confrontei um professor que demonizava o mercado, dizendo-lhe: o mercado
nada mais é do que o encontro de alguém com uma necessidade com alguém que tem
a solução; de um homem com fome com outro que produz feijão; de uma pessoa com
inflamação no corpo com outro que sabe curar. Ora, se meu curso não me
habilitar a ser bom profissional, ele não me serve ante a minha maior carência;
fugir da pobreza.
Atualmente, a superação da pobreza
depende de levado nível de educação básica, boa formação profissional obtida em
curso superior ou técnico, além da atualização constante diante da evolução a
ciência e da tecnologia. Isso vale para o indivíduo e vale para a nação. Apesar
das dificuldades na elaboração de uma teoria completa sobre as causas do desenvolvimento o mundo já conhece os
fatores essenciais do progresso material e do bem-estar que dele (do
desenvolvimento!) decorre.
A
educação não é o único fator a determinar desenvolvimento, mas é o
principal. Há outros fatores, como os naturais, os sociais, os políticos e o
sistema econômico. É claro também que a educação tem o papel de educar o
indivíduo para a cidadania, que é a
maneira como nos relacionamos com a natureza, o meio ambiente, os semelhantes e
a sociedade, mas o papel inicial e essencial da educação, especialmente a
superior, é prover o estudante de uma profissão para ser bem-sucedido em mundo
complexo e de mudanças constantes.
1. Atividades 1ª
parte.
1.
Qual o tema principal do texto?
2.
Segundo o autor, por que o Brasil ainda é um país pobre?
3.
O que foi a Revolução Industrial?
4.
O que são “Bens de Capital?”.
5.
O que é Modo de Produção?
6.
O que foi o Estado do Bem-Estar Social (Welfare State)?
7.
O que são Recursos Naturais?
8.
Para o autor, qual o papel da educação?
9.
Segundo o autor, como superar a pobreza?
10.
Quais fatores, além da educação, que podem determinar o desenvolvimento,
segundo o autor?
2. Atividades 2ª
parte.
1.Mercantilismo/2.Capitalismo/3.Comunismo/4.Socialismo/5.Globalização6.Periodização/7.Pré-história/8.Idade
Antiga/9.Idade Média/10.Idade Moderna/11.Idade Contemporânea/12.Pós-modernidade/13.Anarquismo14.
Modo de Produção.
3. Atividades 3ª
parte; pesquise as seguintes biografias:
1.
Chiquinha Gonzaga.
2.
João Cândido.
3.
Zumbi de Palmares
4.
Luiz Gama.
5.
Gilberto Gil
6.
Pelé.
7.
Carolina Maria de Jesus.
8.
Solano Trindade.
9.
Joel Zito.
10.
Zezé Motta.
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Respeito é palavra prática.