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DOSSIÊ DE HISTÓRIA 2020 - TEXTO 01 - PRIMEIRO, SEGUNDOS E TERCEIROS ANOS.




GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO
COORDENAÇÃO REGIONAL DO ENSINO DE SANTA MARIA
CENTRO DE ENSINO MÉDIO 404 DE SANTA MARIA

ORIENTAÇÕES SOBRE O DOSSIÊ DE HISTÓRIA E AS AVALIAÇÕES.
.

* Atenção: O Dossiê é composto por quatro (04) textos e um (5°) quinto texto, OPCIONAL; não precisa copiar os textos nem as questões.
* As respostas devem ser MANUSCRITAS.
* Capa, apresentação, conclusão e fontes pesquisadas, podem ser digitadas.
* O trabalho deve ser ENCADERNADO em espiral.

1.     As atividades dos textos se compõem de três partes:

1. Primeira parte: interpretação do texto:
2. Segunda parte: pesquisa de sinônimos e conceitos.
3. Terceira parte: Resumo bibliográfico de personagens históricos.

2.    Montagem do trabalho
 A) Capa, identificando aluno, professor, escola, trabalho, etc.
 B) Sumário.
 C) Apresentação;
 D) desenvolvimento (textos); 
 E) Conclusão;
 F) fontes de pesquisa.

*ATENÇÃO: As páginas devem ser numeradas!
 *O Dossiê Valerá 4,5 (quatro pontos e meio).
 *O aluno pode escolher entre fazer a PROVA ou o DOSSIÊ DE HISTÓRIA.

                 AVALIAÇÕES

1. Dossiê de História.. 4,5 (quatro pontos)     
2. Prova ......................4,5 (quatro pontos).     
3. Projetos da escola...5,5 (pontos)     
4. total........................10,0 pontos.

Será aprovado o aluno que obtiver média 5,0.



TEXTO 01 – PRIMEIRO, SEGUNDOS E TERCEIROS ANOS.
Escrever ou ler, eis a questão.
Jaime Pinsky – Historiador e diretor da Editora Contexto – Publicado no Correio Braziliense de 1º de dezembro de 2019.

À primeira vista, a constatação é muito positiva: nunca houve tanta gente escrevendo. As Editoras recebem um fluxo cada vez maior de originais, todos querem ver sua obra nas livrarias. Empresas de autopublicação (os autores pagam pela edição) vão de vento em popa. Por seu lado (e esta é a parte ruim da história), verifica-se que se lê cada vez menos livros. De onde o paradoxo. As pessoas acham que têm coisas a dizer, que sabem o suficiente para si e para os outros. No limite, se todos agirem assim, não teremos mais leitores, só autores. Daí publicar para quem?
Além disso, e é fácil comprovar, as pessoas entopem as redes sociais com observações, constatações, frases de efeito, além de fotos, vídeos e montagens de todo tipo. Há quem diga que, enquanto os livros divulgam o patrimônio cultural da humanidade, as redes sociais têm por função primordial expor a ignorância humana. Claro que essa afirmação carrega um pouco de maldade. Redes sociais podem prestar serviços relevantes. Comunicação imediata e ampla pode aproximar homens e mulheres de diferentes lugares do planeta.
E nós sabemos que a abrangência da comunicação entre os seres humanos tem sido um dos fatores do desenvolvimento do homo sapiens, uma vantagem enorme com relação a outros animais. Mas, por outo lado, é inegável que algumas regras básicas de convivência humana não têm sido obedecidas na relação com esses veículos de comunicação. A principal é que as pessoas usam as redes para serem, ouvidas e lidas, não para dialogar, para ouvir e ler o que os outros têm a dizer. Ficamos ofendidos quando postamos algo que não é lido por ninguém. Mesmo quando somos lidos, queremos mais do que um “gostei”. Queremos um comentário. Comentário sincero, desde que seja positivo.
Mas será que fazemos o mesmo com a postagem alheia? Claro que não. Temos a modesta convicção de que nosso comentário é mais importante, nossa piada mais gozada, nossa frase, mais original. As pessoas escrevem porque acham que têm o que dizer. As pessoas não leem, pois não acreditam que precisam aprender. Quando redigem seus truísmos travestidos de verdades, ensaiam estranha sensação de onipotência. Como o mundo podia ter sobrevivido sem aquelas pérolas brilhantes? Como o planeta ousou girar sem que seus habitantes conhecessem aquelas gotas de sabedoria generosamente colocadas no Facebook, no Twitter ou (para esgotar a minha paciência) no Watsapp da família?
“como você está me criticando”, disse a prima de um amigo meu para ele, “eu não tenho o direito de democrático de escrever o que acho das ideias econômicas do ministro ou das declarações do representante dos EUA na ONU”? “Tem Rosinha”, respondeu meu amigo, “você pode escrever o que quiser, mas eu também tenho o direito democrático de mostrar que você fala do que não entende, seus posts acabam expondo sua ignorância”. Pronto. As redes sociais, pelo próprio nome destinada a aproximar a pessoas, acabam criando rupturas incorrigíveis no seio das famílias, em grupos de amigos, conterrâneos, colega de classe.
         Conheço um grupo de ex-estudantes de uma escola católica que se encontraram após 30 anos e abriram um grupo fechado de Watsapp. A euforia do reencontro não resistiu aos embates pré-eleitorais do ano passado. Quem era a favor e um candidato à Presidência da república não podia aceitar que outros preferissem o adversário, que era, sabidamente, isso e aquilo. E vice-versa. Moral da história: o grupo se desfez para que as pessoas não chegassem ás vias de fato.
A exposição a que cada um de nós fica sujeito quando escreve e publica uma opinião deixa claro, muitas vezes, que o nosso pensamento é básico, elementar, não sofisticado como imaginávamos, e isso é intolerável para o nosso ego. Ao escrever, nosso maniqueísmo, nosso pensamento esquemático, é revelado de forma crua. Não aceitamos que não somos o que imaginávamos ser, que nosso argumento tinha a profundidade de um grito de torcedor na arquibancada, nada a ver com a nossa autoimagem. Com dificuldade de aceitar o óbvio, culpamos o outro. Como em qualquer discussão em que nos faltam argumentos, embora nos sobre convicção.
Como resolver esse dilema entre o que somo e o que gostaríamos de ser, entre como somos vistos e como gostaríamos de ser vistos? Com modéstia intelectual. Assumindo que o mundo já existia antes de nós. Que o patrimônio cultural da humanidade é uma construção coletiva. Lendo. Um pouco de tudo, mas principalmente bons livros. Mais tarde, quem sabe, escrevendo um...





ATIVIDADES DO TEXTO.
1. Interpretando o texto.

a) qual a diferença, segundo o autor, entre o que divulgam os livros e as redes sociais?
b) Qual a importância da comunicação entre os seres humanos?
c) Para que as pessoas têm usado as redes sociais?
d) Como comparamos, segundo o texto, nossas postagens em relação às dos “outros”?
e) A que nos expomos quando publicamos ou escrevemos algo nas redes sociais?
f) Ainda segundo o texto, como resolver o dilema entre o que somos e o que gostaríamos de ser, entre como somos vistos e como gostaríamos de ser vistos?
g) Quais serviços relevantes as redes sociais podem prestar, segundo o texto?
h) Qual o significado da frase “vento em popa”?

2. Pesquisando o significado das palavras abaixo:

a) Paradoxo.
b) Abrangência.
c) Homo Sapiens.
d) Truísmos.
e) Rupturas.
f) Patrimônio cultural.
g) Constatação
h) Globalização.
i) Primordial.

3. Pesquise as biografias das pessoas abaixo:

1. Jaime Pinsky
2. Antonieta de Barros.
3. Francisca Trindade.
4. Carolina Maria de Jesus.
5. Ruth Guimarães.
6. Elisa Lucinda.
7. Melania Luz.
8. Marta de Souza Sobral.
9. Janeth Arcain do Santo.
10. Ruth de Souza.
11. Paulo Freire.

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