GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO COORDENAÇÃO REGIONAL DO ENSINO DE SANTA MARIA CENTRO DE ENSINO MÉDIO 404 DE SANTA MARIA |
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ORIENTAÇÕES SOBRE O DOSSIÊ DE
HISTÓRIA E AS AVALIAÇÕES.
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* Atenção: O Dossiê
é composto por quatro (04) textos e um (5°) quinto texto, OPCIONAL; não
precisa copiar os textos nem as questões.
* As respostas devem
ser MANUSCRITAS.
* Capa, apresentação,
conclusão e fontes pesquisadas, podem ser digitadas.
* O trabalho deve
ser ENCADERNADO em espiral.
1.
As atividades dos textos se compõem
de três partes:
1. Primeira parte:
interpretação do texto:
2. Segunda parte:
pesquisa de sinônimos e conceitos.
3. Terceira parte:
Resumo bibliográfico de personagens históricos.
2.
Montagem do trabalho
A) Capa, identificando aluno, professor,
escola, trabalho, etc.
B) Sumário.
C) Apresentação;
D) desenvolvimento (textos);
E) Conclusão;
F) fontes de
pesquisa.
*ATENÇÃO: As
páginas devem ser numeradas!
*O Dossiê Valerá 4,5 (quatro pontos e meio).
*O aluno pode
escolher entre fazer a PROVA ou o DOSSIÊ DE HISTÓRIA.
AVALIAÇÕES
1. Dossiê de História.. 4,5
(quatro pontos)
2. Prova ......................4,5
(quatro pontos).
3. Projetos da escola...5,5
(pontos)
4. total........................10,0
pontos.
Será aprovado o aluno que obtiver
média 5,0.
TEXTO 01 – PRIMEIRO, SEGUNDOS E TERCEIROS ANOS.
Escrever ou ler, eis a questão.
Jaime
Pinsky – Historiador e diretor da Editora Contexto – Publicado no Correio Braziliense
de 1º de dezembro de 2019.
À primeira vista, a constatação é muito
positiva: nunca houve tanta gente escrevendo. As Editoras recebem um fluxo cada
vez maior de originais, todos querem ver sua obra nas livrarias. Empresas de
autopublicação (os autores pagam pela edição) vão de vento em popa. Por seu
lado (e esta é a parte ruim da história), verifica-se que se lê cada vez menos
livros. De onde o paradoxo. As pessoas acham que têm coisas a dizer, que sabem
o suficiente para si e para os outros. No limite, se todos agirem assim, não
teremos mais leitores, só autores. Daí publicar para quem?
Além disso, e é fácil comprovar, as pessoas
entopem as redes sociais com observações, constatações, frases de efeito, além
de fotos, vídeos e montagens de todo tipo. Há quem diga que, enquanto os livros
divulgam o patrimônio cultural da humanidade, as redes sociais têm por função primordial
expor a ignorância humana. Claro que essa afirmação carrega um pouco de
maldade. Redes sociais podem prestar serviços relevantes. Comunicação imediata
e ampla pode aproximar homens e mulheres de diferentes lugares do planeta.
E nós sabemos que a abrangência da
comunicação entre os seres humanos tem sido um dos fatores do desenvolvimento
do homo sapiens, uma vantagem enorme com relação a outros animais. Mas, por
outo lado, é inegável que algumas regras básicas de convivência humana não têm
sido obedecidas na relação com esses veículos de comunicação. A principal é que as pessoas usam as
redes para serem, ouvidas e lidas, não para dialogar, para ouvir e ler o que os
outros têm a dizer. Ficamos ofendidos quando postamos algo que não é lido por
ninguém. Mesmo quando somos lidos, queremos mais do que um “gostei”. Queremos
um comentário. Comentário sincero, desde que seja positivo.
Mas será que fazemos o mesmo com a
postagem alheia? Claro que não. Temos a modesta convicção de que nosso
comentário é mais importante, nossa piada mais gozada, nossa frase, mais
original. As pessoas escrevem porque acham que têm o que dizer. As pessoas não
leem, pois não acreditam que precisam aprender. Quando redigem seus truísmos travestidos
de verdades, ensaiam estranha sensação de onipotência. Como o mundo podia ter
sobrevivido sem aquelas pérolas brilhantes? Como o planeta ousou girar sem que
seus habitantes conhecessem aquelas gotas de sabedoria generosamente colocadas
no Facebook, no Twitter ou (para esgotar a minha paciência) no Watsapp da
família?
“como você está me criticando”, disse a
prima de um amigo meu para ele, “eu não tenho o direito de democrático de
escrever o que acho das ideias econômicas do ministro ou das declarações do
representante dos EUA na ONU”? “Tem Rosinha”, respondeu meu amigo, “você pode
escrever o que quiser, mas eu também tenho o direito democrático de mostrar que
você fala do que não entende, seus posts acabam expondo sua ignorância”. Pronto.
As redes sociais, pelo próprio nome destinada a aproximar a pessoas, acabam
criando rupturas incorrigíveis no seio das famílias, em grupos de amigos,
conterrâneos, colega de classe.
Conheço
um grupo de ex-estudantes de uma escola católica que se encontraram após 30
anos e abriram um grupo fechado de Watsapp. A euforia do reencontro não
resistiu aos embates pré-eleitorais do ano passado. Quem era a favor e um
candidato à Presidência da república não podia aceitar que outros preferissem o
adversário, que era, sabidamente, isso e aquilo. E vice-versa. Moral da
história: o grupo se desfez para que as pessoas não chegassem ás vias de fato.
A exposição a que cada um de nós fica
sujeito quando escreve e publica uma opinião deixa claro, muitas vezes, que o
nosso pensamento é básico, elementar, não sofisticado como imaginávamos, e isso
é intolerável para o nosso ego. Ao escrever, nosso maniqueísmo, nosso
pensamento esquemático, é revelado de forma crua. Não aceitamos que não somos o
que imaginávamos ser, que nosso argumento tinha a profundidade de um grito de
torcedor na arquibancada, nada a ver com a nossa autoimagem. Com dificuldade de
aceitar o óbvio, culpamos o outro. Como em qualquer discussão em que nos faltam
argumentos, embora nos sobre convicção.
Como resolver esse dilema entre o que
somo e o que gostaríamos de ser, entre como somos vistos e como gostaríamos de
ser vistos? Com modéstia intelectual. Assumindo que o mundo já existia antes de
nós. Que o patrimônio cultural da humanidade é uma construção coletiva. Lendo.
Um pouco de tudo, mas principalmente bons livros. Mais tarde, quem sabe,
escrevendo um...
ATIVIDADES DO
TEXTO.
1.
Interpretando o texto.
a)
qual a diferença, segundo o autor, entre o que divulgam os livros e as redes
sociais?
b)
Qual a importância da comunicação entre os seres humanos?
c)
Para que as pessoas têm usado as redes sociais?
d)
Como comparamos, segundo o texto, nossas postagens em relação às dos “outros”?
e)
A que nos expomos quando publicamos ou escrevemos algo nas redes sociais?
f)
Ainda segundo o texto, como resolver o dilema entre o que somos e o que
gostaríamos de ser, entre como somos vistos e como gostaríamos de ser vistos?
g)
Quais serviços relevantes as redes sociais podem prestar, segundo o texto?
h)
Qual o significado da frase “vento em popa”?
2.
Pesquisando o significado das palavras abaixo:
a)
Paradoxo.
b)
Abrangência.
c)
Homo Sapiens.
d)
Truísmos.
e)
Rupturas.
f)
Patrimônio cultural.
g)
Constatação
h)
Globalização.
i)
Primordial.
3.
Pesquise as biografias das pessoas abaixo:
1.
Jaime Pinsky
2.
Antonieta de Barros.
3.
Francisca Trindade.
4.
Carolina Maria de Jesus.
5.
Ruth Guimarães.
6.
Elisa Lucinda.
7.
Melania Luz.
8.
Marta de Souza Sobral.
9.
Janeth Arcain do Santo.
10.
Ruth de Souza.
11.
Paulo Freire.
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Respeito é palavra prática.